No limiar do tempo
ela me convida a cruzar
o véu que separa este
do outro
Deixo tudo o que pesa,
somente a alma carrego
A essência do íntimo,
o amor
Supremo em si
mas que em pequenas
coisas se manifesta
Na nova era de Saturno
levo comigo apenas: todo
amor do mundo
início, fim, início.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Cigana oblíqua
Eu era quase uma cigana daquelas que não se prende e deixava um ou outro morar no coração por um tempo
mas que depois expulsava por achar que com o tempo não sobrava espaço
vez ou outra alguém aparecia pedindo abrigo, chorava, batia à porta, mas se tornou desconhecido e não se deixa entrar quem não se conhece em casa assim
(ainda mais com tantos lobos soltos)
foi quando um certo dia, colhendo lenha no bosque, apareceu um certo lobo, tinha algo familiar e falava três línguas: língua de lobo, língua do homem e língua da mulher
conversa vai, conversa vem, conversamos no meu idioma e ele sabia todas as idiossincrasias e me olhava com fome de homem que nunca havia comido
nada de pressa, sua fome era controlável (até certo ponto), se alimentava de palavras e quanto mais dedo de prosa, mais ele ficava
foi ficando, sentou à mesa, presenteou-me com um par de brincos de amoras e soprou "spell" no meu ouvido
sabia o que queria mas eu ainda não, me prometeu o céu, aí eu perguntei de que cor, ele disse cinza, então eu gamei e pra lá me mudei.
mas que depois expulsava por achar que com o tempo não sobrava espaço
vez ou outra alguém aparecia pedindo abrigo, chorava, batia à porta, mas se tornou desconhecido e não se deixa entrar quem não se conhece em casa assim
(ainda mais com tantos lobos soltos)
foi quando um certo dia, colhendo lenha no bosque, apareceu um certo lobo, tinha algo familiar e falava três línguas: língua de lobo, língua do homem e língua da mulher
conversa vai, conversa vem, conversamos no meu idioma e ele sabia todas as idiossincrasias e me olhava com fome de homem que nunca havia comido
nada de pressa, sua fome era controlável (até certo ponto), se alimentava de palavras e quanto mais dedo de prosa, mais ele ficava
foi ficando, sentou à mesa, presenteou-me com um par de brincos de amoras e soprou "spell" no meu ouvido
sabia o que queria mas eu ainda não, me prometeu o céu, aí eu perguntei de que cor, ele disse cinza, então eu gamei e pra lá me mudei.
domingo, 4 de junho de 2017
Apenas
Lembro-me de quando era criança e me dei conta de que estava sorrindo
Um sorriso sem regras, espontâneo...
Dei-me conta de que meus olhos fechavam levemente formando duas gotas que também sorriam
Aquele momento me fez rir
A foto que tiravam de todas as crianças na escola registrava o momento
Até hoje sorrio
E sei que em mim ainda habita aquela criança que iniciava o ciclo da vida, onde tudo era apenas flores e luz e amor...
A essência deve continuar e a cada obstáculo, que a flor do sorriso brote, que os olhos formem gotas de alegria e não de tristeza
Que a sensação gostosa contagie e cresça, que a paz se espalhe
Lembrando que tudo já foi mais simples um dia e que apenas sorrir importa
Importa apenas amar
E sentir
Assinar:
Postagens (Atom)